O que tem valor em uma empresa em crise?

Na avaliação de uma empresa, em crise ou não, quatro itens são os mais importantes na determinação do seu valor:

  • Faturamento
  • Lucratividade
  • Patrimônio líquido (Ativos menos os Passivos)
  • Tendência de mercado

Como toda empresa tem faturamento, ela já tem algo a vender. E como toda empresa tem uma estrutura produtiva, tem algo mais a vender.  Em geral os problemas de uma empresa em crise estão em um ou mais dos demais itens: lucratividade (está tendo prejuízo operacional), passivos (muitas dívidas) e tendência de mercado (está em decadência). Assim, é preciso calcular o patrimônio líquido, calcular o resultado operacional (lucratividade) e pesquisar qual qual a tendência de mercado para ela. Essas são as principais etapas de avaliação de uma empresa.

Para saber mais detalhes, recomendamos a leitura do artigo Avaliação de Empresa: o que é e como é feita?,

Primeiro passo: Avaliação da Empresa por especialistas

Para vender qualquer empresa é recomendável contratar consultores especialistas em avaliação de empresa. Mas no caso de empresas em crise, isso é essencial, pois envolve muitas áreas do conhecimento empresarial. É preciso ter em mente que vender uma empresa pode demorar, ou seja, há risco de não conseguir manter aberta até vender. Assim, é preciso ter todo um planejamento para isso não acontecer.

Repetindo, o primeiro passo é fazer uma avaliação da empresa em crise com profissionais experientes, pois eles darão esse veredito. E darão valor às chamadas partes boas da empresa e aos passivos. E dirão se a empresa tem um valor positivo ou negativo. Por fim, farão o planejamento de gestão em crise e de venda.

Segundo passo: decidir o que vender

Se a avaliação de uma empresa em crise der uma valor positivo, a questão é mais fácil. O empresário pode vender a empresa e sair com esse valor no bolso. Mas se der um valor negativo, ele tem duas opções:

  • vender a empresa toda pagando diferença para o comprador ficar com ela, caso raríssimo; ou
  • vender o que tem valor, clientela e ativos produtivos, ficar com o  CNPJ e ficar com parte ou toda a dívida.

Na prática, o que acontece é a segunda situação. O desafio aí é como fazer a venda sem que o negócio perca faturamento e que todos os ativos de produção sejam inclusos no negócio. É fundamental não interromper a produção e vendas aos clientes da empresa durante o processo de venda e transferência dela. Se a produção tiver que ser interrompida por muito dias, ocorre uma forte perda de valor dos ativos, pois os clientes da empresa podem migrar em definitivo para a concorrência.

A questão  do comprador permanecer nas mesmas instalações da empresa é outro grande desafio, pois pode caracterizar a sucessão junto aos credores. Mas isso pode ser resolvido em muitos caso, em especial liquidando todo o passivo trabalhista, a questão mais delicada por todos os aspectos. Honrar os passivos trabalhistas deve ser a meta principal de quem quer ficar sem ou com poucos problemas futuros.

Terceiro passo: achar compradores

Existem basicamente dois caminhos para vender uma empresa em crise, ou qualquer empresa:

  • Anunciar em sites especializados, que tem baixa efetividade e expõe a empresa, mas às vezes é a única opção; ou
  • Contratar corretores de empresas, que possuem metodologia de venda sem expor a empresa.

Em geral, os compradores de maior potencial são concorrentes diretos ou indiretos. No caso das empresas em crise, não expor a fragilidade da empresa para eles e clientes assume especial importância, tornando a utilização dos corretores extremamente recomendável. Existe uma metodologia para ser feito isso, que exige utilizar pessoas que não são da empresa no processo.

Conclusão

E voltamos aqui ao primeiro passo, que é fundamental fazer primeiro a avaliação de uma empresa em crise por especialistas. Não tenha a menor dúvida que tudo começar por aí, pois a avaliação de uma empresa em crise  é um serviço dois em um. Junto da avaliação é elaborado  um plano estratégico para resolver a situação.

Nós conhecemos vários casos em que isso não foi feito e o resultado final foi um desastre. Os sócios ficaram com muitos e duradouros problemas que eram evitáveis.

Sucesso.

Flávio
Flávio Barcellos Guimarães
Consultor
CEO ProLucro

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